segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Eco-hipocrisia


Estou farto de conscientização, daquelas palavras bem escolhidas, dos discursos prepados e da pose polida dos metidos a sabidões que muito falam e pouco ( ou nada) agem. Fui em várias reuniões, palestras e encontros, a importantância do verde e de sua preservação é sempre exaltada, o ar pedante daqueles que sabem que sem o verde, a nossa raça humana está fadada a extinção (sim, que nem os dinossauros) sei que a parte teórica é crucial, mas é fácil falar de desenvolvimento sustentável e de iniciativas quando você sai da palestra joga seu lixo no chão e vai para casa em seu carro do último ano que acabou de trocar por um que já saiu de moda.

Estamos envolvidos em uma Bienal sobre um modo de viver sustentável, logo me animei, a pedagoga do colégio mostra entusiasmo e peida ecologicamente na frente de seus alunos se possível(peidar ecologicamente correto para a minha ilustre colega do terceiro ano é flatular em uma planta para que ela absorva o gás), no entanto suas atitudes "nos bastidores" é contraditória. Dos professores nem se fala, nunca se sabe qual é o carro deles porque vivem trocando, sempre os vejo jogando o maldito lixo no chão e poucos se mostram presentes nas atividades ecologicas. Uma vergonha.

Não adianta reclamar do tempo, dizer que as coisas estão mudando é que chegou o fim dos tempos, oração e macumba não vão adiantar, atitudes simples podem ser tomadas como iniciativa,mas que nem a merda dessas atitudes simples os eruditos conseguem tomar, imagine os leigos, já que eles seguem os seus exemplos.

Estou feliz porque ontem plantei uma árvore, uma Nee, ela se chama Mubejà, a inicial dos meus amigos e minha, agora só falta escrever um livro e.. ter um filho(?)

P.S. Ontem foi o dia mundial da paz, um dia em que tiramos para o cesar-fogo e pensar um pouco naqueles que estam vivendo dia após dia um tragédia e acordar vivo já é um motivo para agradecer. Quero comunicar também que estou orgulhoso do trabalho humanitário dos brasileiros e nossos amigos gringos nos países pobres da África e nos demais. Gostaria muito poder ajudar com mais do que um simples e puro desejo de boa sorte.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Precoce


Primeira vez que eu tento criar versos, desculpem se eles são muito ruins, mas eu suporto ouvir a verdade, apenas me ajuda a melhorar.


Vem sendo uma longa batalha sem vc.

Os botões não se abrem mais,

o purfume não atravessa minha narina,

sinto que mereço isso


Os pedaços ficam no caminho,

eu venho mordendo os lábios para não gritar,

não tem sido fácil,

enlouqueço com o passar do tempo.


o próximo passo é sempre o mais difícil,

não há mais ego,

não há mais horizonte,

só o crespúsculo.


só piora com o tempo.

Demasiadamente cansado para lutar

pela minha ... insignificante vida.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008



"Baby, this night belong to us..."


Fui a biblioteca, claro! Não pude ir direto para lá, tinha que passar em casa porque como sempre minha memoria havia me traido,esqueci o filme da locadora, a distância do meu trabalho para a minha casa é grande, levo quarenta minutos para chegar lá, mas hoje eu bati meu próprio record. Não há nada que eu deteste mais do que chegar dentro de casa e ser bombardiado com perguntas, muitas delas, as quais a maioria eu não sei a resposta. Coloquei dois pães na boca, corri!

A biblioteca estava cheia, lotada. Não havia um lugarzinho na parte de cima para se sentar, mas eu tinha que me certificar de que ele estava lá, mesmo que eu não pudesse conversar com ele. Ele estava, eu sabia que ela ia estar, ele sempre está.

Ainda contrariado eu desci e comecei a procurar um lugar na parte de baixo mesmo, olhei ao redor até achar um rosto conhecido...achei! Jaile, estava palida, mas ela sempre está, e como sempre olhando as pessoas por baixo, bonitinha. "Leo está lá em cima" disse ela, e eu respondi "eu vi", respondi como se não fosse inportante, mas ela sabia que tinha inportância, não sei por que fiz aquilo.

Conversamos sobre muita coisa, muita mesmo, o diálogo foi interrompido quando ela com seus olhos apontou para a frente, eu olhei, era ele. Meu coração levou um susto, mas eu mantive a pose, ela estava com o fone de ouvido dele, ele veio buscar, ele disse "vou sair com uns amigos, que ir?", olhei para ele e acenei com a mão, ele acenou de volta, ela disse "vamos".

Instantaneamente eu abri minha bolsinha de lápis e peguei um papel de bala, um que ele tinha me dado, abri a lixeira ao lado da minha mesa e sem pestenejar o joguei no lixo, ao fechar a ta mpa uma ponta de arrependimento. Abri meu celular, fui até as imagens e deletei a foto em que ele estava dormindo em cima do livro na mesa da biblioteca, junto com a foto foi o meu sonho de tentar ser feliz com alguém especial.

Cedo ou tarde irei aprender que minha vida não é um conto de fadas.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008


Eu sentei na mesa da biblioteca ao lado dele, não percebi que ele estava dormindo em cima do livro e sem querer o acordei, eu disse "posso sentar aqui?", ele levantou a cabeça vagarosamente e respondeu "pode sim". Não perdi a oportunidade de iniciar uma conversa, estava esperando esse momento já faz algum tempo, eu falei "nossa vc está mesmo com sono", com um sorisso nos lábios e com uma marca do livro sobre o qual estava deitado ele quase que sussurando disse "vou aqui e já volto".

Abri meu livro de biologia, tinha que estudar genética, não suportava mais falar em Mendel nem na lei da segregação,mas corria os meus olhos pelas frases do texto, distraido. Ainda lendo de cabeça baixa ele chega mansamente e joga uma bala de maça em cima do livro em que eu estava estudando, ele disse "é para vc", eu não consigui dizer nada mais que um simples "obrigado".

Conversamos sobre várias coisas, coisas bobas, trivialidades e falamos também sobre nosso futuro e pretensões. Depois de algum tempo ele dormiu em cima do livro novamente, eu tirei uma foto dele enquanto ele dormia, confesso! Estava tão bonitinho.

O papel da bala eu guardei, está comigo, quem sabe, se no futuro chegarmos a ficar juntos será uma bela lembrança, e se ficarmos juntos, será uma ótima maneira de me fazer esquecer o passodo.


i'm falling in love.


segunda-feira, 8 de setembro de 2008

A falta que você faz.








Era uma noite quente de Setembro, esse fato isolado já tornava aquela noite diferente das outras, afinal de contas era inverno. Não pretendia sair de casa, mas o acaso tratou de me contrariar, apenas para me deixar aborrecido. Estavam inaugurando o designer novo da praça no centro da cidade, era difícil até mesmo para se mover no meio daquela multidão, o que não me incomodava, mas fazia a minha tia resmungar sem parar, como se o fato de o acaso tê-la escolhida para me aborrecer não fosse o suficiente.




Não me importava mais, eu já estava lá e não ia dar uma de casmurro. Encontrei uma velha amiga, nunca conversamos profundamente, mas naquele momento nossa sintonia estava alta, falamos de nossas vidas como se fossemos intimos.Segurei a mão dela de forma despretensiosa, mas ficamos parecidos com um casal de apaixonados, não percebemos, mas fogos estouravam sobre nossas cabeças, levantamos os nossos olhos e a visão era perfeita, ela apertou a minha mãe e inevitavelmente eu lembrei de vc, minha querida amiga. Continuei olhando para o céu, as chamas coloridas o enfeitavam, enquanto eu lembrava dos bons momentos que já passamos juntos e de como foi grande a dor de vê-la entrar em um ônibus.




Eu apertei mais forte as mãos da garota desejando que fossem as suas.